Defesas não específicas

Defesas não específicas

 As defesas não específicas ou imunidade inata, impedem que entrem e se espalhem agentes infeciosos no nosso organismo. A resposta irá ser sempre a mesma independentemente do tipo de agente patogénico e irá continuar a ser praticamente o mesmo caso esse mesmo agente volte a entrar em contacto connosco.

Barreiras físicas

 As barreiras mantêm fora do corpo os agentes patogénicos. Para a infeção ou doença ocorrer, um agente infecioso precisa de entrar dentro dos tecidos corporais, o que requer atravessar um epitélio. O revestimento epitelial é constituído por diversas camadas de células, sendo as mais superficiais formadas por células mortas ricas em queratina. Ambas as células das diferentes camadas possuem uma rede de desmossomas, que são estruturas de ligação intercelular formadas por zonas membranares de células contíguas e por filamentos intercelulares, que são responsáveis pela grande adesão das células umas às outras. Estas barreiras são bastante importantes, pois oferecem uma grande proteção aos tecidos mais internos. A superfície mais superior também possui várias outras defesas, como por exemplo os pelos, que fornecem uma proteção adicional.

Fagócitos

 Os fagócitos são responsáveis por remover os restos de células e respondem à invasão por agentes estranhos ou patogénicos. Estes leucócitos são quem representam a primeira linha de defesa celular atacando e eliminando os microrganismos, antes da ação dos próprios linfócitos.

 Já os neutrófilos são o tipo de leucócitos mais comuns, sendo os primeiros fagócitos a chegar ao local onde ocorreu a infeção. Os neutrófilos também segregam segregam substâncias citotóxicas, o que contribua para a inflamação fazendo atrair mais neutrófilos para o local.

 Por fim nos macrófagos já são grandes fagócitos que derivam de monócitos. Os monócitos permanecem em circulação por mais ou menos de um a três dias, até finalmente partirem para os tecidos e conseguirem se transformar em macrófagos. Os macrófagos também acabam por estimular a resposta de outras células, libertando assim sinais químicos e interagindo com os linfócitos.

Células natural killer

 As células natural killer, ou também conhecidas por células NK, são um tipo de linfócitos com uma resposta extremamente rápida quando comparada à velocidade de resposta dos outros tipos de linfócitos. Tem como principal função reconhecer e destruir classes de células, como células cancerosas ou células infetadas por vírus em geral, em vez de reconhecerem células cancerosas ou células infetadas específicas por determinados vírus. Daí as células NK fazerem parte da imunidade inata.

 Estas células destroem as células-alvo, fazendo várias perfurações na sua membrana celular, ao mesmo tempo vão libertando enzimas e outras proteínas, que todas em conjunto resultam na destruição da célula. As moléculas responsáveis pela formação destes poros formados pelas células NK chama-se perforinas.

Interferão

 As células produzem umas proteínas chamadas interferões, são usados para proteger o organismo, principalmente contra infeções virais. Ao infetarem as células, os vírus podem estimulá-las a produzir interferões, porém, os interferões não atuam diretamente contra os vírus, o que acontece, é que eles acabam por estimular a própria célula produtora e as células vizinhas, através da sua ligação e recetores membranares, a produzir proteínas antivirais impedindo assim a replicação viral nessa célula.

Complemento

 O complemento é formado por dezenas de proteínas do plasma sanguíneo. Dentro deste grupo temos as proteínas designadas de C1 a C9 e também as proteínas designadas de fatores B, D e P. Estes fatores irão participar na ativação e na estabilização das proteínas C1 a C9. Normalmente estas células circulam no sangue de forma inativa, e são ativadas através da cascata do complemento - uma série de reações nas quais cada componente da série ativa o seguinte.

Resposta inflamatória

 Aqui na resposta inflamatória ocorre uma sequência de vários acontecimentos que tem lugar após uma resposta imunitária resultante, como por exemplo, de uma lesão dos tecidos. Esta resposta inflamatória irá ser sempre semelhante independentemente do agente agressor, seja microrganismos, substâncias químicas, traumatismos mecânicos, frio, calor ou eletricidade. Neste tipo de resposta, as células do sistema imunitário são mobilizadas de modo a isolar e destruir microrganismos, agentes nocivos ou estranhos, remover células danificadas e facilitar a reparação de tecidos. As suas manifestações principais são: rubor, calor, tumefação, dor e impotência funcional. Embora que estas manifestações sejam bastante desagradáveis, apenas têm como função de repor o equilíbrio saudável no organismo.

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